Fighting Disinfodemic in Central Africa: Fact-checkers Experience Against Covid-19 Fake News
Combatendo a Desinfodemia na África Central: Experiência de verificadores de fatos contra notícias falsas da Covid-19
DOI: https://doi.org/10.34619/n8sz-0v13
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Fabíola Ortiz dos Santos
University of Duisburg-Essen, Duisburg, Germany fabiola.ortizsantos@gmail.com
ORCID ID: 0000-0002-1374-379X
Abstract: Coupled with the vast and fast spread of the new coronavirus, another dangerous pandemic unfolds, the one of “disinfodemic”. The World Health Organization (2020) described disinformation as a “massive infodemic” being a major driver of the pandemic itself. The term disinfodemic was coined by UNESCO (2020) to describe the falsehoods fuelling the pandemic due to the huge “viral load of potentially toxic deadly” disinformation. In Central Africa internet surfing to many means accessing only social media, since owning data is unaffordable to most population. Amidst a digital divide reality, connected journalists bridge the online world and the offline spheres of the oral traditions that feature African cultures. This qualitative study asks the questions: How are online journalists fighting Covid-19 disinfodemic in the Democratic Republic of Congo (DRC) and Central African Republic (CAR)? And what are the challenges they face to counteract fake news, disinformation and report the pandemic in countries where press freedom is undermined? The CAR and the DRC are ranked as the least press freedom — 132 and 150 respectively out of 180 countries, according to 2020 World Press Freedom Index (Reporters Without Borders). This chapter discusses two cases of new media formats combining journalistic skills, creativity and innovation when communicating risk and acting against disinfodemic, the collaborative website ‘Talato’ for fact-checking on the coronavirus in CAR and the fact-checking online platform ‘Congo Check’ in the DRC. Their accounts feed the discussion of how disinfodemic is spreading in the region and how their communication strategies are serving as riposte against this major threat. The chapter sheds light to how these independent initiatives contribute to halt the pandemic disinfodemic in their localities. It moreover reveals fact-checking procedures and obstacles faced when journalists attempt to access verifiable and official information in settings where press is not entirely free to operate.
Keywords: disinfodemic; coronavirus; fact-checking; pandemic; risk communication; media; fake news.
Resumo: Juntamente com a vasta e rápida disseminação do novo coronavírus, outra perigosa pandemia se desencadeia, a da “desinfodemia”. A Organização Mundial da Saúde (2020) descreveu a desinformação como uma “infodemia massiva” sendo uma das principais impulsionadoras da própria pandemia. O termo desinfodemia foi cunhado pela UNESCO (2020) para descrever as falsidades que alimentam a pandemia devido à enorme “carga viral de desinformação potencialmente tóxica e mortal”. Na África Central, navegar pela internet significa para muitos acessar apenas as redes sociais, uma vez que possuir dados é inacessível para a maioria da população. Em meio a uma realidade de exclusão digital, jornalistas conectados criam pontes entre o mundo online e as esferas offline das tradições orais que caracterizam as culturas africanas. Este estudo qualitativo faz as seguintes perguntas: Como os jornalistas online estão a lutar contra a desinfodemia da Covid-19 na República Democrática do Congo (RDC) e na República Centro-Africana (RCA)? E quais são os desafios que estão a enfrentar para neutralizar as notícias falsas, a desinformação e cobrir a pandemia em países onde a liberdade de imprensa está comprometida? A RCA e a RDC são países classificados com menos liberdade de imprensa – 132 e 150, respetivamente, de 180 países, de acordo com o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2020 (Repórteres sem Fronteiras). Este capítulo discute dois casos de novos formatos de média combinando habilidades jornalísticas, criatividade e inovação ao comunicar risco e atuar contra a desinfodemia: o site colaborativo ‘Talato’ de verificação de fatos sobre o coronavírus, na RCA, e a plataforma online de verificação de fatos ‘Congo Check’, na RDC. O relato dos jornalistas alimenta a discussão de como a desinfodemia está a espalhar-se na região e como suas estratégias de comunicação estão a servir como uma resposta contra esta grande ameaça. Este capítulo lança luz sobre como essas iniciativas independentes contribuem para conter esta pandemia desinfodêmica em suas localidades. Ademais, revela procedimentos de verificação de fatos e obstáculos enfrentados quando jornalistas tentam acessar informações oficiais e passíveis de serem verificadas em ambientes onde a imprensa não é totalmente livre para operar.
Palavras-chave: desinfodemia; coronavírus; verificação de fatos; pandemia; comunicação de risco; meios de comunicação; notícias falsas.
Santos, F.O. dos (2021). Fighting Disinfodemic in Central Africa: Fact-checkers Experience Against Covid-19 Fake News. In F. R. Cádima & I. Ferreira (Coords.), Perspectivas multidisciplinares da Comunicação em contexto de Pandemia (Vol I, pp. 144 – 164). Coleção ICNOVA.