O ICNOVA e a Casa do Comum organizam debate sobre jornalismo de investigação em Portugal a partir de um estudo publicado por 3 investigadores da UNL e do ICNOVA.

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No dia 29 de outubro, às 18h, na Casa do Comum, decorre a apresentação do estudo “Too little, too late: Reporting on the Banco Espírito Santo collapse by the Portuguese press”, publicado na revista International Journal of Media & Cultural Politics. Apresentação do estudo será feita por Filipe Teles/ICNOVA.

https://intellectdiscover.com/content/journals/10.1386/macp_00094_1

O estudo examinou a forma como o jornalismo português e, em particular, o jornalismo especializado do campo económico-financeiro, se mobilizou na cobertura de um dos acontecimentos mais marcantes a nível nacional – a desestruturação e queda do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES), o império financeiro e não financeiro que agregava todas as empresas propriedade da família Espírito Santo e dos seus associados.

Os resultados do estudo revelam que, num corpus de 571 peças, publicadas em 3 jornais e uma revista portugueses – entre 2012 e 2014 – apenas 17 (3% do total da amostra) foram trabalhos de investigação jornalística.

Esses 17 trabalhos foram assinados (em autoria ou coautoria) por 10 jornalistas.

DEBATE 

Numa conversa sobre a expressão residual do jornalismo de investigação em Portugal e sobre o que o futuro nos reserva, contaremos com a presença de dois dos jornalistas que, durante o período analisado no estudo, fizeram, de facto, investigação jornalística – Micael Pereira, do Expresso e Miguel Carvalho, jornalista que passou a livro algumas das investigações jornalísticas que fez nos últimos anos. À conversa junta-se Marisa Torres da Silva (ICNOVA), uma das autoras do estudo, professora universitária que tem estudado, numa perspetiva académica, o jornalismo de investigação. 

O debate será moderado por Pedro Coelho, jornalista de investigação, professor universitário e investigador do ICNOVA.  

Este debate dirige-se a todos os que se interessam sobre o futuro do jornalismo de investigação, desde logo os próprios jornalistas, os estudantes e os professores de jornalismo.

Refletirmos em conjunto sobre o estado do jornalismo em geral e do jornalismo de investigação em particular é um caminho para identificarmos os pilares em que deve assentar a refundação de todo o edifício jornalístico. 

Leia o artigo aqui: https://intellectdiscover.com/content/journals/10.1386/macp_00094_1

Rita Ponce no EvoKE2025 em Atenas

Rita Ponce, investigadora integrada do iNOVA Media Lab, foi uma das plenary speakers do encontro científico EvoKE2025, que decorreu entre 6 e 8 de novembro