Ricardo R. Santos, biólogo, docente livre da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e colaborador do iNOVA Media Lab, publicou artigo de opinião no Público. O artigo discute criticamente a anunciada fusão entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e a Agência Nacional de Inovação (ANI).

O autor aborda o debate entre duas visões opostas: a dos que veem a fusão como uma oportunidade para corrigir ineficiências e aproximar a ciência do mercado, e a dos que temem uma subordinação da investigação aos interesses económicos, para então comparar este processo com outras fusões institucionais, como as das universidades de Lisboa e o caso do Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, mostrando que, na prática, muitas resultam mais em somas de estruturas do que em verdadeiras integrações.

Num tom crítico e reflexivo, o texto questiona as fragilidades estruturais do sistema científico português — marcado por carreiras precárias, concursos injustos e uma cultura de impunidade — e alerta para o risco de se confundir dimensão com qualidade. O autor defende ainda que a excelência científica só será alcançada com confiança pública, investimento adequado e mérito real, e não por meio de fusões simbólicas ou discursos tecnocráticos

Leia o artigo na integra aqui: https://www.publico.pt/2025/11/08/ciencia/opiniao/ciencia-inovacao-menos-menos-2153399#