Podem parecer simples e óbvias para académicos, mas para muitos adultos as respostas a essas duas perguntas não o são. Também não o são para crianças e adolescentes, cada vez mais convocados para estudos sobre a sua cultura, hábitos, riscos ou literacias, por exemplo.

No âmbito das preocupações com questões éticas que marcam a plataforma europeia de estudos e recursos CO:RE (Children Online: Research and Evidence), Elisabeth Staksrud e Niamh Bhroin, investigadoras da Noruega, elaboraram em conjunto com adolescentes esta pequena animação com o fim de explicar o que são estudos científicos e quais são os direitos dos mais novos quando são convidados a participar neles.

Como este pequeno vídeo mostra, são muitos os procedimentos éticos que devem ser considerados: entre outros, a apresentação clara dos objetivos e condições de realização do estudo, o consentimento informado dos participantes (e dos seus pais ou cuidadores, de acordo com a idade), o direito de os participantes abandonarem o estudo antes do fim, o direito de serem informados e ficarem a conhecer os resultados da pesquisa em linguagem que lhes seja
acessível.

Esta animação está traduzida em mais de 20 línguas europeias, entre elas o português. Rita Baptista, comunicadora de ciência, e Cristina Ponte, do grupo Media & Jornalismo, traduziram o guião e testaram-no com adolescentes.

“Consultar as crianças e adolescentes neste processo é essencial para a linguagem estar adaptada ao público do vídeo. Após termos enviado a tradução recebemos várias mensagens. O mais importante para nós era perceber se a linguagem era clara para as crianças e adolescentes”, refere Rita Baptista. 

As respostas das crianças e adolescentes

A dobragem, realizada no estúdio de som do iNOVA Media Lab, contou com a experiência e a voz de Ana Vieira. A montagem e legendagem esteve a cargo de Rui Oliveira, dos audiovisuais ICNOVA.

Um vídeo para miúdos que pode (também) informar graúdos e que está disponível entre os recursos da plataforma CriA.On, do ICNOVA.